A Parábola das Dez Virgens - comentário de Ellen White verso por verso

 


A Parábola das Dez Virgens - comentário de Ellen White verso por verso


Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Mateus 25:1


Assim é com a igreja que vive justamente antes da segunda vinda de Cristo. Todos têm conhecimento das Escrituras. Todos ouviram a mensagem da proximidade da volta de Cristo e confiantemente O esperam. - PJ 223


Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. Mateus 25:2


A classe representada pelas virgens loucas não é hipócrita. Têm consideração pela verdade, advogaram-na, são atraídos aos que crêem na verdade, mas não se entregaram à operação do Espírito Santo. - PJ 223



As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mateus 25:3


Outros haviam sido movidos pelo impulso, sendo seus temores provocados pela mensagem. Haviam dependido da fé dos irmãos, satisfeitos com a luz vacilante das boas emoções, sem uma compreensão perfeita da verdade ou uma obra genuína da graça no coração. Estes haviam “saído” para encontrar o Senhor sob a perspectiva de recompensa imediata, mas não se achavam preparados para a demora e desapontamento. Sua fé fracassou.  - GCC 176.1


Não siga ninguém o exemplo das virgens imprudentes, pensando que será seguro esperar até que venha a crise, antes de obter um preparo do caráter suficiente para subsistir naquele tempo. Será demasiado tarde buscar a justiça de Cristo quando os hóspedes forem chamados e examinados. Agora é que é o tempo de nos revestirmos da justiça de Cristo — as vestes de bodas que vos habilitarão a participar da ceia das bodas do Cordeiro.  - PC 347.2



no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. Mateus 25:4

Mas, enquanto as néscias “não levaram azeite consigo”, “as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas”. A última classe tinha estudado as Escrituras a fim de aprender a verdade e possuía uma experiência pessoal, uma fé em Deus que não poderia ser derrotada pelo desapontamento e demora.  - GCC 176.1


O tempo de agonia e angústia que diante de nós está, exigirá uma fé que possa suportar o cansaço, a demora e a fome - fé que não desfaleça ainda que severamente provada. O tempo de graça é concedido a todos, a fim de se prepararem para aquela ocasião. Jacó prevaleceu porque era perseverante e decidido. Sua vitória é uma prova do poder da oração importuna. Todos os que lançarem mão das promessas de Deus, como ele o fez, e como ele forem fervorosos e perseverantes, serão bem-sucedidos como ele o foi. Os que não estão dispostos a negar o eu, a sentir verdadeira agonia perante a face de Deus, a orar longa e fervorosamente rogando-Lhe a bênção, não a obterão.  - GC 621.2



E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. Mateus 25:5


Pela tardança do noivo é representada a passagem do tempo, o desapontamento, a aparente demora. Aqueles cuja fé se baseava no conhecimento pessoal da Bíblia, tinham sob os pés uma rocha que as ondas do desapontamento não poderiam destruir. “Foram todas tomadas de sono, e adormeceram”, uma classe no abandono de sua fé, a outra aguardando pacientemente até que luz mais clara fosse proporcionada.  - GCC 176.2


Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Mateus 25:6


A vinda do esposo foi à meia-noite — a hora mais tenebrosa. Assim a vinda de Cristo será no período mais tenebroso da história deste mundo. Os dias de Noé e de Ló ilustram a condição do mundo exatamente antes da vinda do Filho do homem. Apontando para esse tempo, declaram as Escrituras que Satanás trabalhará com todo poder e “sinais, e prodígios de mentira”. 2 Tessalonicenses 2:9. Sua obra é revelada claramente pelas trevas que se adensam rapidamente, pela multidão de erros, heresias e enganos destes últimos dias. Satanás não só leva cativo o mundo, porém suas ilusões infectam até as professas igrejas de nosso Senhor Jesus Cristo. A grande apostasia se desenvolverá em trevas tão densas como as da meia-noite, impenetráveis como a mais intensa escuridão. Para o povo de Deus será uma noite de prova, noite de lamentação, noite de perseguição por causa da verdade. Mas nessa noite de trevas brilhará a luz de Deus. - PJ 225.6


Os que agora exercem pouca fé, correm maior perigo de cair sob o poder dos enganos de Satanás, e do decreto que violentará a consciência. E mesmo resistindo à prova, serão, imersos em uma agonia e aflição mais profundas no tempo de angústia, porque nunca adquiriram o hábito de confiar em Deus. As lições da fé as quais negligenciaram, serão obrigados a aprender sob a pressão terrível do desânimo.  - GC 622.1



Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. Mateus 25:7


Sonolentas despertam, de repente, e levantam-se. Vêem o cortejo aproximando-se resplandecente de tochas e festivo, com música. Ouvem as vozes do esposo e da esposa. As dez virgens tomam suas lâmpadas e começam a aparelhá-las, com pressa de partir.  - PJ 222.1


Numa crise é que o caráter é revelado. Quando a voz ardorosa proclamou à meia-noite: “Aí vem o Esposo! Saí-lhe ao encontro!” (Mateus 25:6), e as virgens adormecidas ergueram-se de sua sonolência, foi visto quem fizera a preparação para o evento. Ambos os grupos foram tomados de surpresa; porém, um estava preparado para a emergência, e o outro não. Assim agora uma calamidade repentina e imprevista, alguma coisa que põe a pessoa face a face com a morte, mostrará se há fé real nas promessas de Deus. Mostrará se está sustida na graça. A grande prova final virá no fim do tempo da graça, quando será tarde demais para se suprirem as necessidades do espírito. PJ 224.2


E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Mateus 25:8


Cinco delas, porém, tinham deixado de encher seus frascos. Não previram demora tão longa, e não se prepararam para a emergência.  - PJ 222.1


Essa é a classe que em tempo de perigo é encontrada bradando: Paz e segurança. Acalentam seu coração em sossego, e não sonham com o perigo. Quando despertos de sua indiferença, discernem sua destituição, e rogam a outros que lhes supram a falta; em assuntos espirituais, porém, ninguém pode remediar a deficiência de outros.  - PJ 224.1


O povo vê que foi iludido. Um acusa ao outro de o ter levado à destruição; todos, porém, se unem em acumular suas mais amargas condenações contra os ministros. Pastores infiéis profetizaram coisas agradáveis, levaram os ouvintes a anular a lei de Deus e a perseguir os que a queriam santificar.  - GC 655



Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. Mateus 25:9


A graça de Deus tem sido oferecida livremente a todos. Tem sido proclamada a mensagem do evangelho: “Quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida.” Apocalipse 22:17. Todavia o caráter não é transferível. Ninguém pode crer por outro. Ninguém pode receber por outro o Espírito. Ninguém pode dar a outrem o caráter que é o fruto da operação do Espírito. “Ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela (a Terra), vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que nem filho nem filha eles livrariam, mas só livrariam a sua própria alma pela sua justiça.” Ezequiel 14:20. PJ 224.1


A religião de Cristo significa mais que o perdão dos pecados; significa remover nossos pecados e encher o vácuo com as graças do Espírito Santo. Significa iluminação divina e regozijo em Deus. Significa um coração despojado do próprio eu e abençoado pela presença de Cristo. Quando Cristo reina na alma há pureza e libertação do pecado. A glória, a plenitude, a perfeição do plano do evangelho são cumpridas na vida. A aceitação do Salvador traz paz perfeita, perfeito amor, segurança perfeita. A beleza e fragrância do caráter de Cristo manifestadas na vida, testificam de que em verdade Deus enviou Seu Filho ao mundo para o salvar. PJ 228.8



E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mateus 25:10


Todos os que esperam o Noivo celestial são representados na parábola como se tivessem adormecido porque o Senhor retardou Sua vinda; mas os prudentes despertaram ante a mensagem de Sua aproximação e responderam à mensagem. O discernimento espiritual deles não havia se extinguido totalmente e eles, de um salto, se uniram ao cortejo. Ao se apropriarem da graça de Cristo, a experiência religiosa deles se tornou vigorosa e abundante, e suas afeições se fixaram nas coisas do alto. Discerniram onde estava a fonte de seus recursos e apreciaram o amor que Deus tinha por eles. Abriram o coração para receber o Espírito Santo, pelo qual o amor lhes foi derramado no coração. Suas lâmpadas foram abastecidas e acesas e emitiram constantes raios de luz em meio às trevas morais do mundo. Glorificaram a Deus, porque tinham o óleo da graça no coração e fizeram exatamente a obra que o Mestre fez antes deles: saíram para buscar e salvar o que se havia perdido (ST, 28/06/1910).



Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!

Mateus 25:11


As dez virgens estão esperando na noite da história deste mundo. Todas dizem ser cristãs. Todas têm uma vocação, um nome, uma lâmpada, e todas pretendem fazer a obra de Deus. Todas aguardam, aparentemente, a volta de Cristo. Cinco, porém, estão desprevenidas. Cinco serão encontradas surpreendidas, aterrorizadas, fora do recinto do banquete. PJ 224.3


Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Mateus 25:12


“Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E, em Teu nome, não expulsamos demônios? E, em Teu nome, não fizemos muitas maravilhas?” Mateus 7:22. Mas a resposta será: “Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim.” Lucas 13:27. Nesta vida não tiveram comunhão com Cristo; por isto não conhecem a linguagem do Céu, são estranhos às suas alegrias. “Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” 1 Coríntios 2:11. PJ 225.1


As palavras mais tristes que caíram em ouvidos mortais são aquelas da sentença: “Não vos conheço.” Mateus 25:12. Unicamente a comunhão do Espírito que desprezastes poderia unir-vos à multidão jubilosa que estará no banquete das bodas. Não podereis participar dessa cena. Sua luz incidiria sobre olhos cegos, e sua melodia em ouvidos surdos. Seu amor e alegria não fariam soar de júbilo corda alguma do coração entorpecido pelo mundo. Sois excluídos do Céu por vossa própria inaptidão para a sua companhia. PJ 225.2


Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora. Mateus 25:13


Não podemos estar prontos para encontrar o Senhor, acordando ao ouvir o brado: “Aí vem o Esposo!” (Mateus 25:6) e então tomar nossas lâmpadas vazias para enchê-las. Não podemos viver apartados de Cristo aqui, e ainda assim estar aptos para a Sua companhia no Céu. PJ 225.3





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